Maristela Bretas
“Han Solo – Uma História Star Wars” (“Solo: A Star Wars Story”) é uma grande homenagem a um dos principais heróis da franquia, que merecia ter sua história contada, como aconteceu com Luke Skywalker e a Princesa Leia. E o diretor Ron Howard (que tem grandes sucessos em seu currículo, como “No Coração do Mar“- 2015) entrega uma nova e boa aventura aos fãs. Muita ação, romance, mocinhos e vilões e grandes batalhas no espaço e em terra, recheadas de muita computação gráfica e efeitos visuais, que marcaram os filmes da saga há 41 anos, a serem completados em novembro.
Não chega a ser excelente como “Rogue One” (2016), a primeira história paralela, que uniu como uma peça de quebra-cabeça, os episódios “Star Wars – Uma Nova Esperança” (1977) e “O Império Contra-Ataca” (1980). Mas “Han Solo” tem um enredo digno do personagem, eternizado pelo ator Harrison Ford e estava merecendo um filme sobre ele após participar de quatro episódios marcantes e concluir sua trajetória em “Star Wars: O Despertar da Força” (2015).
O filme é quase didático e também corre por fora para explicar como Han Solo conheceu seu primeiro grande amor (antes de Leia) e o copiloto Chewbacca, como conquistou a famosa nave Millennium Falcon, como surgiu seu nome e como fez vários inimigos e amigos em suas aventuras. As cenas que explicam estes pontos da vida de Han Solo são as mais interessantes e chegam a dar arrepios.
A boa trilha sonora, incluindo a música-tema que acompanha o personagem há mais de quatro décadas completa a produção. Apesar dos muitos recursos técnicos, as cópias que assisti em 3D estavam muito escuras, dificultando a visualização de detalhes em algumas cenas. O mesmo aconteceu com as fotos de divulgação.
A história de “Han Solo” se encaixa antes de “Star Wars – Uma Nova Esperança”, o primeiro episódio da saga (na verdade o quarto), que apresentou os personagens Luke Skywalker /Mark Hamill, Princesa Leia /Carrie Fischer, Chewbacca/Peter Mayhew e o próprio Solo/Harrison Ford.
O famoso contrabandista sempre foi o fanfarrão do trio durante sua participação na saga, cheio de truques e dando show em pilotagem de sua nave. Para fazer o personagem mais jovem, aventureiro e rebelde, foi escolhido o ator Alden Ehrenreich (de “Ave César!” – 2016), pouco conhecido, mas que conseguiu desempenhar direitinho o papel, a ponto de ser elogiado por Ford após a estreia do filme nos EUA. Mas está a uma galáxia, muito, muito distante do original.
Intempestivo, romântico, aventureiro, leal com os amigos e trapaceiro com os inimigos, o Han Solo jovem está conseguindo conquistar os fãs. Mas ganhou um forte concorrente, que até então ficava em segundo plano nos episódios dos quais participou. Donald Glover rouba as cenas como o capitão Lando Calrissian (interpretado anteriormente por Billy Dee Williams). Ele é carismático, sedutor, trapaceiro, engraçado e tira o brilho de Ehrenreich quando estão juntos.
E se a história é sobre Han Solo, não poderia faltar seu mais fiel amigo wookiee, Chewbacca, o “Chewie”, desta vez interpretado pelo ator finlandês e ex-jogador de basquete, com 2,11m de altura, Joonas Suotamo (participou também de “Star Wars: O Despertar da Força” e “Os Últimos Jedi” – 2017).
O elenco ainda conta com Emilia Clarke (“Como Eu Era Antes de Você” – 2016 e a série de TV “Game of Thrones”), como Qi’ra, a namorada de Solo que vai mudar o futuro dele. Paul Bettany, assim como Josh Brolin (que pulou do vilão Thanos, de “Vingadores: Guerra Infinita” – 2018, para o X-Men Cable, de “Deadpool 2” – 2018) sai do super-herói Visão, dos “Vingadores – Guerra Infinita” e “Capitão América – Guerra Civil“ para virar o contrabandista de armas Dryden Vos. Destaque também para Woody Harrelson, como o também contrabandista Tobias Beckett (difícil foi saber quem andava na linha nesta época), parceiro de golpes de Han Solo.
Na história, Han Solo e a namorada Qi’ra querem fugir da escravidão de seu planeta e tentam usar uma substância valiosa para comprarem a liberdade. O plano não dá certo e os dois acabam separados. Anos depois, Solo ainda tenta conseguir uma nave para retornar a seu planeta e resgatar Qi’ra. Em sua jornada, vai conhecendo outros contrabandistas, o amigo Chewie e pessoas que vão transformá-lo no carismático mocinho.
Muito bom, mais uma história Star Wars que vale assistir e está agradando até mesmo alguns fãs mais exigentes. Agora é aguardar ansiosamente o episódio IX, último da terceira trilogia, previsto para 2019 com direção de J.J. Abrams.
Ficha técnica:
Direção: Ron Howard
Produção: Lucas Film / Walt Disney Companhy / Imagine Entertainment
Distribuição: Disney/Buena Vista
Duração: 2h15
Gêneros: Aventura / Fantasia / Ficção científica
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 4 (0 a 5)