O Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (Iceicon-MG) recuou 2,4 pontos na passagem de fevereiro (53,2 pontos) para março (50,8 pontos), após duas elevações consecutivas. Apesar da queda, o índice permaneceu acima de 50 pontos pelo sétimo mês sucessivo – valores acima de 50 pontos apontam predominância de confiança entre os empresários.
O indicador aumentou 0,5 ponto frente a março de 2017 e foi o maior para o mês desde 2013, quando registrou 53,7 pontos. Em março, o Iceicon do Brasil (57,0 pontos) cresceu 0,7 ponto na comparação com fevereiro e ficou acima de 50 pontos pelo oitavo mês seguido.
O recuo no Iceicon-MG foi decorrente da piora do componente de expectativas, que avalia as perspectivas dos empresários com relação ao desempenho da economia nos próximos seis meses. O indicador caiu 4,0 pontos, passando de 57,5 pontos em fevereiro para 53,5 pontos em março. A despeito do recuo, o índice continuou acima de 50 pontos pelo sétimo mês consecutivo.
Por outro lado, o indicador de condições atuais, componente que mostra a percepção dos empresários com relação à situação atual dos negócios, aumentou 0,6 ponto entre março (45,2 pontos) em fevereiro. Embora abaixo de 50 pontos desde novembro de 2012, o resultado foi 1,7 ponto superior ao de março de 2017 (43,5 pontos) e o melhor para o mês em seis anos.
“A recuperação ainda lenta da economia e a instabilidade política são alguns fatores que contribuem para a arrefecimento da confiança dos empresários da construção, em especial, das suas expectativas”, analisa o economista e coordenador do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Daniel Furletti. Mas, o economista salienta também que “de toda forma é necessário aguardar os novos resultados para avaliar se a queda foi pontual e qual será a tendência, já que nos últimos sete meses encontra-se acima de 50 pontos”, finaliza.