As cidades de Belo Horizonte e Nova Lima registraram, em janeiro deste ano, a venda de 150 unidades residenciais, o que correspondeu a um crescimento de 2,74% em relação às vendas de dezembro com 146 unidades. Os dados são do Censo Imobiliário realizado pela Bureau de Inteligência Corporativa (Brain) para o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).

As regiões que apresentaram o maior número de vendas foram a Centro Sul, com 34,7% do total (52 unidades), Pampulha com 24,7% (37 unidades) e Oeste com 20,7% (31 unidades). 88 das 150 unidades vendidas correspondiam ao padrão econômico, com valores até R$215 mil, além de 36 unidades no padrão médio, com valores entre R$400 mil e R$700 mil, e 36 unidades no padrão alto com valores de R$700 mil a R$1 milhão.

Janeiro encerrou com 3.893 unidades em estoque disponíveis para comercialização, o que significa que apenas 19,3% dos imóveis que entraram no mercado estavam disponíveis para venda.

Imóveis comerciais – No segmento comercial, foram vendidas em janeiro deste ano, 10 unidades, enquanto, em dezembro, as vendas foram de 15 unidades, queda de 33,3%. O maior saldo de vendas foi em Nova Lima, com 04 unidades, e na região Centro Sul de BH, também com 04 unidades.

O estoque comercial disponível para a venda correspondeu a 422 unidades, o que representa apenas 8,9% dos imóveis que entraram no mercado estavam disponíveis para venda.

Lançamento de imóveis – Em janeiro, foram lançadas apenas 47 unidades residenciais correspondentes a 2 empreendimentos. Ambos localizados na região Centro Sul de Belo Horizonte. Do total dos lançamentos, 39 unidades correspondiam ao padrão alto e 08 unidades ao padrão médio.

No segmento comercial não se observa lançamentos desde outubro de 2016, o que ajudou a explicar o baixo patamar do estoque deste tipo de imóvel.

José Francisco Cançado_Gladyston Rodrigues (1)
José Francisco Cançado_Gladyston Rodrigues

O vice-presidente da Área Imobiliária do Sinduscon-MG, José Francisco Couto de Araújo Cançado, analisa que “os dados demonstram que as vendas dos imóveis novos continuam superiores ao lançamento e, por este motivo, o estoque de novas unidades residenciais disponíveis para comercialização encontra-se em seu menor patamar da série histórica iniciada em 2015. Este cenário, caso persista, pode vir a causar reflexos nos preços. Entretanto, a expectativa de melhora no cenário macroeconômico e o baixo patamar do estoque pode incentivar novos lançamentos, trazendo mais renda, emprego e dinamismo para a economia dos municípios”, diz.