O índice de atividade da Indústria da Construção de Minas Gerais apresentou melhora pelo segundo mês seguido, registrando 41,6 pontos em julho enquanto, em junho, foi 40,6 pontos. Embora continue demonstrando queda na atividade do setor – valores abaixo dos 50 pontos indicam retração – o indicador acumulou elevação de 8,4 pontos entre janeiro e julho deste ano e foi 3,5 pontos superior ao apurado em igual mês de 2016.

O nível de atividade em relação ao usual para o mês manteve-se em baixo patamar, com índice de 27,5 pontos em julho, evidenciando as dificuldades ainda enfrentadas pelo setor. Entretanto, esse foi o melhor resultado para o mês dos últimos três anos, com alta de 4,9 pontos no acumulado de janeiro a julho de 2017.

O indicador de evolução do emprego aumentou 4,4 pontos na passagem de junho (40,7 pontos) para julho (45,1 pontos). Apesar de apontar redução no pessoal ocupado ao continuar abaixo da linha dos 50 pontos, o índice acumulou expressiva expansão de 13,5 pontos entre janeiro e julho de 2017 e foi o melhor para o mês dos últimos cinco anos.

Expectativas para agosto – Os empresários da Construção mineira estão com expectativas menos negativas em relação ao nível de atividade para os próximos

seis meses, de acordo com o índice de 46,5 pontos apurado em agosto. Ainda que continue apontando queda da atividade, ao permanecer abaixo dos 50 pontos, o resultado foi 3,6 pontos superior ao de julho, compensando parcialmente a perda de 4,5 pontos nos dois meses anteriores.

O indicador que mede as expectativas dos construtores em relação a novos empreendimentos e serviços também melhorou entre julho (45,3 pontos) e agosto (45,9 pontos). O índice cresceu 9,8 pontos na comparação com igual mês de 2016 e acumulou incremento de 3,4 pontos de janeiro a agosto deste ano, sinalizando empresários menos pessimistas em relação a novos negócios.

De acordo com o coordenador sindical do Sinduscon-MG, Daniel Furletti, “os dados refletem a melhora do cenário econômico, com inflação sob controle, queda dos juros e expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este e no próximo ano”, analisa.

Em linha com a perspectiva de melhora da atividade do setor, o índice de expectativas de compras de insumos e matérias-primas interrompeu uma trajetória de dois meses de retração e aumentou 4,7 pontos frente a julho (41,0 pontos), registrando 45,7 pontos em agosto. Ainda que continue apontando redução na compra de insumos e matérias-primas, o indicador foi o melhor para o mês dos últimos três anos.

Emprego – O índice de expectativas de evolução do emprego cresceu 3,9 pontos contra julho, alcançando 46,9 pontos em agosto. O resultado revela estimativa de recuo no pessoal ocupado nos próximos seis meses. Apesar disso, o indicador foi significativos 12,0 pontos superior ao do mesmo mês do ano passado e acumulou elevação de 5,8 pontos entre janeiro e agosto, sinalizando que a propensão do empresário a demitir tem diminuído.

Gráficos – O material que ilustra os dados da pesquisa pode ser conferido no anexo.