Maristela Bretas
Muito melhor que o primeiro, até mesmo nas cenas de terror previsíveis. “Annabelle 2 – A Criação do Mal” (“Annabelle: Creation”) explica como surgiu a famosa boneca demoníaca que aterrorizou três filmes – “Invocação do Mal”, “Invocação do Mal 2” (2016) e “Annabelle” (2014). Este último veio na rabeira do sucesso dos outros dois e acabou faturando US$ 257 milhões nas bilheterias de todo o mundo, mas continuou deixando no ar a origem da personagem que dá medo de tanta feiura.
Foi preciso um segundo filme, produzido por James Wan (“Invocação do Mal 2“) e bem dirigido por David F. Sandberg (o mesmo de “Quando as Luzes se Apagam”) para que Annabelle tivesse finalmente sua história contada. O filme tem clichês, claro, como todos do gênero terror. Mas vi muito marmanjo dando pulo na cadeira do cinema e fingindo de bobo.
A boneca Annabelle é o centro das atenções, e o diretor usa e abusa de sua cara medonha para criar os momentos mais tensos e violentos do filme. A tensão causada pela expectativa de seu aparecimento nas mais diversas situações domina a trama e envolve todos os demais personagens, que estão à sua mercê.
Muitos vão dizer que “Annabelle 2 – A Criação do Mal” é somente mais um filme de terror, sem grandes novidades. Não é bem assim. O enredo prende do início ao fim, os sustos são constantes e o que não faltam são aquelas situações que dá vontade de bater nos personagens por serem tão burros e entrarem sempre onde não deve. Não tenha vergonha de adivinhar algumas cenas bem clichês – são nelas que acontecem os melhores sustos.
Uma tragédia ocorrida há 12 anos faz um casal abrir sua casa para abrigar a freira Charlotte (Stephahie Sigman, da série “Narcos”) e seis meninas desalojadas de um orfanato – Janice (Talitha Bateman, de “A 5ª Onda”), Linda (Lulu Wilson, de “Livrai-nos do Mal”), Nancy (Philippa Coulthard, de “Jogos do Apocalipse”), Carol (Grace Fulton, de “Badland”), Tierney (Lou Lou Safran, de “A Escolha”) e Kate (Tayler Buck, da série “American Crime Story”).
O pai Samuel Mullins (Anthony La Paglia, da série de TV “Without a Trace”), um habilidoso artesão de bonecas agora é um homem de pouca conversa e a esposa Esther (Miranda Otto, de “Homeland”) sempre está trancada em seu quarto. O que as novas moradoras não sabem é que eles escondem um terrível segredo do passado que vai colocar suas vidas em perigo. Esse segredo tem nome e uma cara ameaçadora e se chama Annabelle, uma boneca criada por Samuel.
Sem dúvida, muito melhor que o primeiro. Um terror de verdade, que foca na boneca demoníaca, dispensando a necessidade de atores caros – a maioria é conhecida por trabalhos em séries de TV americanas. Além do produtor e do diretor, diversos integrantes da equipe estão familiarizados com o gênero, o que garante o ótimo resultado. Destaque para o roteiro, escrito por Gary Dauberman, responsável pela nova versão de “It – A Coisa”, que estreia em breve.
O filme utiliza poucos e ótimos efeitos visuais e explora bem os “cantos escuros” da casa e dos medos dos personagens, garantindo muita tensão, bons sustos e cenas de arrepiar. Sem risco de decepção por quem curte o gênero terror, “Annabelle 2” merece ser visto.
Ficha técnica:
Direção: David F. Sandberg
Produção: New Line Cinema / Atomic Monster / Safran Company
Distribuição: Warner Bros. Pictures
Duração: 1h50
Gênero: Terror
País: EUA
Classificação: 14 anos
Nota: 4 (0 a 5)
Bom filme! Fiquei surpresa com Annabelle. O filme me manteve em suspenso todo o momento, se ainda não a viram, eu recomendo. Esse é um dos melhores filmes suspense. Pessoalmente acho que os últimos filmes de terror dessa saga são muito aterrorizantes. Até agora houve estréias cinematográficas excelentes, mas o meu preferido foi esse por que além de ter uma produção excelente, tem uma boa história. Recomendo.