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Como nos outros filmes da franquia, efeitos visuais são ponto alto do filme (Fotos: Paramount Pictures/Divulgação)

Maristela Bretas

Michael Bay exagerou na duração, errou no roteiro (ou na falta dele) mas acertou pelo menos nos efeitos visuais de “Transformers – O Último Cavaleiro” (“Transformers: The Last Knight”), que são gigantescos, bem ao estilo do diretor. Mark Wahlberg está fraco, a história não se sustenta, cheia de furos, confusa, com mudanças bruscas e constantes de cenas que chegam a dar tonteira. Parece que o diretor quis aproveitar todo o potencial do sistema IMAX de uma vez, por sinal, o ponto alto do filme, e jogou tudo numa panela, Virou um grande mexidão, misturando Rei Arthur, os Cavaleiros da Távola Redonda, mago Merlin e Transformers dragões. O resultado não foi o esperado após a sessão do trailer estendido apresentada em abril deste ano, muito mais interessante que o filme completo.

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O resultado não foi dos melhores, personagens dos filmes anteriores, como John Turturro e Josh Duhamel, voltam a participar mas sem expressão e até os robôs, que sempre foram o centro das histórias, ficaram perdidos. Bumblebee monta e desmonta como se fosse um brinquedo da Lego. Optimus Prime muda do bonzinho para o vilão sem que ninguém entenda direito o que foi que aconteceu – se está hipnotizado, se mexeram na caixa de marchas dele ou se é só o efeito do espaço em seu motor. A vilã é bem fraquinha, deveria deixar essa parte para Megatron, que também perdeu seu poder de fogo e convencimento.

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Uma jovem de 15 anos, Izabella (Isabela Moner) entra na vida de rebelde de Cade Yeager (Mark Wahlberg), que a trata como filha. Novamente solteiro, está com o coração livre parra a entrada de uma nova não tão mocinha, a pesquisadora Vivian Wembley (Laura Haddock). Difícil foi ver Anthony Hopkins num papel muito aquém de sua capacidade de interpretação, como o herdeiro de um segredo milenar de família envolvendo os primeiros Transformers a chegarem à Terra.

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Só para tentar entender: os humanos estão em guerra com os Transformers, que vivem se escondendo das forças militares sob a proteção de Cade Yeager. Eles moram em um ferro-velho desde que Optimus Prime deixou a Terra em busca de seu planeta-natal Cybertron, que foi destruído. Num dos confrontos com humanos, Cade adota Izabella, uma adolescente de 15 anos que luta para proteger um pequeno robô defeituoso.

Na Terra, Megatron volta a ser uma ameaça e prepara um novo retorno com seu grupo de Decepticons, prometendo acabar com humanos e Transformers. Enquanto isso, Optimus Prime descobre que foi responsável por destruir Cybertron e precisa retornar à Terra para recuperar um artefato que pode trazer o planeta de volta à vida.

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Achou confuso? Pois fica ainda mais quando você tenta acompanhar a história e as cenas são trocadas freneticamente. Conselho: não sente nas cadeiras da frente no cinema, é enjoo na certa se a versão for 3D. Aí você fala, mas não tem nada de bom em “Transformers – O Último Guerreiro”? Claro que tem. Michael Bay se supera nos efeitos visuais, as lutas são bacanas, Os robôs estão mais bonitos, principalmente Optimus, mas nem isso salva o filme. Acho que vale para quem, como eu, quiser fechar o ciclo da franquia Transformers. Porque depois desta produção, o diretor precisa pensar melhor se deve apostar alto novamente em um sexto filme.

Ficha Técnica:
Direção: Michael Bay
Produção: Paramount Pictures
Distribuição: Paramount Pictures
Duração: 2h29
Gêneros: Ação / Ficção Científica
País: EUA
Classificação: 12 anos
Nota: 2,5 (0 a 5)

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