Parque da Gameleira vai sediar 3º Festival Internacional de Cerveja e Cultura (FICC) nos dias 5 e 6 de agosto

 

Belo Horizonte vai se transformar na Bélgica brasileira nos dias 5 e 6 de agosto. Em sua terceira edição, o Festival Internacional de Cerveja e Cultura (FICC) desembarca no Parque da Gameleira trazendo o melhor da cerveja nacional e internacional. Considerado um dos mais antigos e tradicionais polos de produção e desenvolvimento de cervejas do mundo, a Bélgica será o país homenageado no evento deste ano, a exemplo do que ocorreu nas edições anteriores com a Inglaterra, em 2015, e o Reino Unido, em 2016.

 

De acordo com o Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de MG (SindBebidas), o setor prevê um crescimento de 14% em 2017, confirmando o grande potencial do turismo aliado à produção de cerveja na Grande Belo Horizonte. “O mineiro é um público muito importante, pioneiro na fabricação de cervejas artesanais e o FICC surgiu com a intenção de trazer as novidades do mercado, associado a grandes shows. Aliamos a isso um ambiente seguro e confortável para que o público cervejeiro deste grande polo possa aproveitar a enorme diversidade de estilos que é produzida nas diversas cervejarias. Essa é uma forma da cerveja mineira se mostrar não somente para os mineiros, mas também para o Brasil e o mundo”, explica Diogo Kfoury, um dos idealizadores do festival.

 

Setor em crescimento

Segundo o Ministério da Agricultura, Minas Gerais possui 61 microcervejarias registradas, 31 apenas na região da Grande BH. Mensalmente são produzidos, em todo o Estado, 1,5 milhão de litros de cervejas artesanais. O reconhecimento da importância do setor pelo Governo do Estado ocorreu no dia 22 de julho com a assinatura do Arranjo Produtivo Local (APL) das Cervejarias Artesanais da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O APL é composto por um conjunto de empresas de um segmento produtivo, localizadas na mesma região, trabalhando de forma cooperada e sinérgica. “Minas Gerais é o segundo maior estado em volume de produção e em número de microcervejarias do Brasil. O Arranjo potencializa a produção, favorece o comércio e a capacitação, além de gerar emprego. Também é um instrumento para o turismo da cidade”, explicou durante a solenidade o secretário da Secretaria Extraordinária de Estado de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais (Seedif), Wadson Ribeiro.

 

O Instituto da Cerveja realizou um estudo com duração de dois anos sobre o setor e publicou em dezembro de 2016 os resultados que colocam o Brasil como terceiro maior produtor de cerveja no mundo, perdendo para os Estados Unidos e Europa. Em 2015, o número de cervejarias artesanais no país era de 372 unidades, responsáveis pela produção de 91 milhões de litros, o equivalente a 0,7,% do mercado total que naquele ano registrou 138,6 milhões de hectolitros fabricados no pais. Segundo a entidade, a média era de abertura de uma nova microcervejaria por semana. A aposta do setor é de que até o final de 2017, o número de cervejarias artesanais chegue a pelo menos 500 cervejarias artesanais, sendo 91% delas concentradas nas regiões Sul e Sudeste, em seis dos 27 estados brasileiros.

 

Grandes cervejas para um grande público

Com uma estimativa para 2017 de expor mais de 250 rótulos de cerveja de 50 expositores e o apoio de 700 profissionais de diversas áreas, o FICC cresceu e precisava de uma área com infraestrutura completa, de fácil acesso e vagas de estacionamento. Reinaugurado recentemente, o Parque da Gameleira foi o local escolhido pelo conforto, a comodidade e a segurança necessários para se tornar por dois dias a “Cidade do FICC”.

 

Destinado a um público especializado, consumidores e apreciadores, o FICC se consolida como o maior evento de cervejas artesanais de Minas Gerais, atraindo turistas de diversas partes do país e do exterior, interessados em conhecer as cervejas especiais produzidas no Estado. Para discutir o setor, o evento contará com um espaço para debates e discussões entre representantes do setor e autoridades para avaliar as iniciativas que vêm sendo tomadas e quais os novos rumos o setor deveria tomar para que Minas se mantenha como polo cervejeiro de destaque. Para Monalisa Rodrigues, uma das idealizadoras do Festival, será uma oportunidade de abrir diálogos que possibilitem investimentos a curto e longo prazo e o fortalecimento da indústria por meio de discussões com lideranças políticas e empresariais. “Uma das intenções é que seja gerado um documento propositivo para a continuação do desenvolvimento da cerveja mineira”, comenta.

 

O Festival Internacional de Cerveja e Cultura chega em novo formato, com novos rótulos de marcas premium relevantes, com produtos de primeira, brasileiras e internacionais, boa gastronomia e um espaço múltiplo com três palcos para shows musicais de bandas e DJs. A criançada também irá se divertir no Espaço Kids.

 

Em um clima preparado para os amantes do rock ‘n roll e do blues, os apreciadores da cerveja poderão curtir grandes máquinas em duas áreas destinadas ao encontro de motos e à exposição de carros antigos. Para os cervejeiros mostrarem a força de seus produtos, o Concurso de Prateleira irá escolher quais as melhores marcas disponíveis nas prateleiras dos pontos de venda, de acordo com cada categoria.

 

Sobre o FICC

O Festival Internacional de Cerveja e Cultura (FICC) nasceu em 2015 da necessidade de se criar um evento internacional de cervejas artesanais, no formato de feira, para fomentar o setor, atrair investimentos e possibilitar um contato direto do público com os melhores produtos do mercado. Desde sua primeira edição em 2015, o FICC tem o cuidado de abrir portas e debates que possibilitem o crescimento do setor cervejeiro e cultural. Em 2015 a Inglaterra foi o país homenageado para dar início ao festival que reuniu 40 expositores com 150 rótulos de cerveja.

 

Os números quase dobraram no ano passado. Homenageando o Reino Unido, a segunda edição do FICC contou com mais de 200 rótulos de cerveja e recebeu um grande público em dois dias de festival, no qual experimentaram produtos de mais de 80 expositores e foram embaladas por mais de 200 artistas, com o apoio de 500 profissionais.